"Foi um homem de grande importância durante o processo revolucionário a seguir ao 25 de Abril e durante todo o PREC. Um paladino da democracia representativa. Um homem de grande moderação", lembrou. "Procurava pôr sempre água na fervura: sejamos realistas, era a frase preferida dele", disse ainda Otelo Saraiva de Carvalho, lembrando a importância decisiva de Vítor Alves na escolha dos nomes para a Junta de Salvação Nacional. .Vítor Alves achava que na linha da frente a junta devia ter generais e não capitães, recordou, porque de outra forma "ia parecer uma coisa terceiro-mundista, que não dava um sinal positivo ao país e ao mundo ocidental". E assim surgiram os nomes do general Spínola e de Costa Gomes, entre outros. "Era um homem de uma enorme discrição, que não dava nas vistas, mas que teve uma grande importância e intervenção nos bastidores", sublinhou. .Otelo Saraiva de Carvalho lembra ainda que apesar de várias divergências "de carácter ideológico", teve sempre uma relação de "grande amizade" com Vítor Alves. "Visitei-o a última vez a 31 de Dezembro no Hospital Militar", recordou ainda.